domingo, 27 de dezembro de 2009

verdades

- Olha, eu te deixei vir até aqui pra poder te falar algumas coisas.
- Ham?
- Primeiro: queria muito que você conseguisse entender que pessoas não são melhores ou piores por suas orientações sexuais. Queria que você conseguisse ver que não existe um problema nisso. Olha ao seu redor. São todas minhas amigas. AMIGAS. Pessoas felizes, que saem, bebem, se divertem, tem amigos, beijam na boca e vão tomar café na padaria no dia seguinte de manhã. Sem que haja nenhum problema. Percebe?
- Você não vai ficar me dando lição de moral a essa hora da manhã, né?
- Não. Mas você vai ficar quietinha, me ouvindo. Porque até discutir com cliente por sua causa eu fiz hoje. E olha que já faz tempo que a gente não tem nada.
- Tá...
- Segundo: Eu queria que você soubesse que ninguém aqui tem paciência pros seus joguinhos, pros seus flertes forjados, pros seus momentos de "pagar de hetero" pras suas amiguinhas que fingem que não sabem que você é gay. Aqui, todo mundo sabe que você é gay. Todo mundo sabe quem você é. Então não força isso mais. Não na nosa frente. Porque sempre que você fizer uma cena dessas, você vai sobrar. E daqui pra frente eu não vou estar aqui pra ir atras e dizer pra você ficar. Pra dizer que você pode estar entre a gente. Me entendeu?
- Uhum.
- Melhor assim. Eu também quero que você fique bem.


Porquê tem horas que as circunstâncias te levam ao ápice da sinceridade.

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