sábado, 12 de setembro de 2009

porque se fosse fácil...

- Camilinha, dessa vez você apelou. Nem os seus amigos sabem direito o que te recomendar.
- Pois é. E eu tô completamente desnorteada, naqueles momentos em que tudo que eu quero é um colo de um dos meus meninos, uma cerveja gelada e um conselho desses que me faz pensar bastante e resolver o que fazer no meio dessa confusão toda.
- É muita informação em muito pouco tempo, gatinha. Tá difícil pra mim te dizer o que eu faria. Ou melhor: o que eu acho certo você fazer. Porque tem uma distância nisso aí.
- Eu sempre tenho problemas com isso.
- Isso o quê?
- Isso da distancia entre o que a gente sabe que é certo e o que a gente realmente sente que quer fazer.
- E o que você quer dessa vez?
- Quero que essa confusão termine o mais rápido possível, apesar de saber que não vai ser rápido assim; quero que terminando, eu possa viver o que tô sentindo, porque só eu sei o quanto demorou pra isso acontecer e o quanto me faz bem me sentir assim.
- Eu fiquei bem feliz de saber que alguém te balançou de verdade dessa vez. Porque até agora era pura cisma sua. Metia nessa cabeça dura que queria fulana e um tempinho depois, lá estava você e fulana de beijinhos e abraços. Sempre me assusto com a velocidade com que você conquista essas coisas. E como que as situações se apresentam na sua frente, sem você ter que se mexer muito.
- Pois é, as coisas costumam acontecer assim mesmo comigo.
- Sempre soube que você gosta de uma dificuldade, mas dessa vez você apelou, né?
- É.
- Não podia ser um probleminha só, não? Tinha que ser logo uma puta confusão?
- Eu não escolhi isso.
- Mas sabia que poderia acontecer.
- Sabia.
- E não tomou cuidado.
- Tomei sim senhor. Tava segurando muito bem minha onda. Mas pára ela na sua frente e ouve ela dizer as coisas que me disse aquele dia. Até você entregaria os pontos, meu amigo. Até você.
- É...porque dessa vez você apelou em tudo também, né? É a mulher mais linda que eu já vi contigo. E que voz, hein?! Que sorriso! Te confesso que não acreditei muito que você tava com ela não. Só tive certeza quando vi beijar. Aliás, fui embora exatamente nessa hora.
- Acho que meu mundo começou a virar de cabeça pra baixo exatamente nessa hora.
- É bom que o mundo vire, não?
- É ótimo. É muito bom sentir esse frio na barriga. É muito bom se apaixonar, amigo. Eu já não me lembrava muito bem como isso é.
- Sabe, acho que mesmo que não dê certo pra você, já te valeu bastante. Só de ver esse sorriso no seu rosto, já gosto dela. Vou torcer pra que dê certo.
- Eu também.

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