quarta-feira, 2 de setembro de 2009

vai saber

- Mas me conta isso direito. O que aconteceu?
- Aconteceu que eu percebi que não dá. Não cabe. Não me cabe nela, na vida dela.
- Já tinha quanto tempo?
- Quatro meses.
- Me surpreende, porque pelas últimas notícias vocês estavam bem.
- Sim, muito bem.
- Te conhecendo como eu conheço, alguma coisa te fez desencantar.
- É...foi quase isso.
- Algo que não tivese como ser resolvido. Esclarecido. Contornado.
- Exatamente.
- Já pensou que pode ter sido um desabafo por outros motivos? Daí ela bateu logo na tecla que sabia que você não ia recuar?
- Já. Mas ainda prefiro acreditar que as pessoa não façam "joguinhos" comigo. Como eu não faço com elas.
- Mas tem gente que não sabe ser assim. Que não sabe falar direito o que sente, o que quer, porque na maioria das vezes não sabe muito bem o que sente ou o que quer, entende?
- Uhum. Só me sobra lamentar.
- O quê você lamenta?
- O desencontro.
- Valeu a pena?
- Muito. Acho até que deu certo. Deu certo no que tinha que dar. Queria poder ter ajudado mais em certos aspectos, mas acho que fiz bem a ela e ela certamente me fez bem.
- E é isso que importa, não?
- Sim. É isso que importa.

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