quarta-feira, 3 de junho de 2009

no ônibus

- Ê mãe, hein? Eu vi.
- Viu o quê, menino?
- Eu vi você...
- Me viu fazendo o quê?
- Han, você sabe que eu vi...
- Menino, cê fala cada coisa. Tem horas que eu nem te entendo.

(...)

- Mãe, por que se chama pelinha?
- Porque é pele, meu filho. Pele frita.
- Pele de quê?
- Pele de porco.
- De porco novinho?
- É, talvez.
- Mãe, eu quero ter um porco novinho.
- Pra quê? Vai tirar a pele dele pra fritar?
- Não mãe...um porco novinho, desses pequenininhos.
- E o que você vai fazer com um porco?!
- Dar carinho.
- Arthur, você não quer um gatinho, então?
- Não, mãe. Um Porquinho.
- Meu filho, te dou um cachorro, um gatinho, um bichinho bonitinho.
- Mãe, eu quero um porquinho. Assim, bem pequenininho. E um porquinho pequenininho é mais bonitinho que um gatinho ou um cachorro.
- Filho, mas o porquinho vai crescer e vai virar um porcão. E vai fazer maior sugeirada e vai fazer um barulho estranho, pior que latido de cachorro ou miado de gato.
- Mas é que eu quero um porquinho pequenininho, que fique pra sempre pequenininho. Um porquinho e um coelho.
- Acho melhor eu mudar pra roça.

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